sexta-feira, novembro 24, 2006

realidade

correndo pela imensidão desta rua
descubro prazeres nunca vistos
descubro os sons que ela tem
o prazer de beber agua da chuva
a vontade de ir mais e mais alem
o sentimento de liberdade que nos invade
a sensação de infinito
até que
como tudo na vida
me apercebo
isto não é a realidade
isto é só um sonho
um triste sonho
que acaba assim que a realidade vem
a realidade crua
fria
dolorosa
tal e qual o tempo lá fora

sexta-feira, novembro 17, 2006

coimbra

coimbra dos estudantes
coimbra da saudade
coimbra dos amores
coimbra onde eu me perco
na existencia da sua vida
na emoção dos seus sentimentos
na saudade da sua voz
no eterno currupio das capas negras
as capas que tanto presenciam
amores
desamores
amizades
carinhos
paixões
as capas que veem ao ombro de sentimentos
o sentimento de coimbra
aquele sentimento que só quem lá está o reconhece
e só quem lá vai o conhece
aquele sentimento de saudade
aquele sentimento de distancia
mas mesmo com esse sentimento queremos sempre la volar
pois coimbra é coimbra
e só coimbra é eterna

quarta-feira, janeiro 04, 2006

poderia limitar-me a escrever um poema... mas prefiro começar por algo masi substancial...
varios poetas escreveram sobre eles mesmos... temos fernando pessoa:
" O poeta é um fingidor
finge tão complectamente
que chega a fingir que é dor
a dor que deveras sente"
mas por outro lado temos florbela espanca que nos diz que:
"Ser poeta é ser mais alto,é ser maior
do que os homens, morder como quem beija
É ser mendigo e dar como seja
É ser rei do reino de aquém e de além dor

É ter de mil desejos o explendor
E não saber sequer que se deseja
É ter ca dentro um astro que flameja
É ter garras e asas de condor...

É ter fome, é ter sede de infinito
Por essas manhãs d'ouro e de cetim
É condensar o mundo num só grito..."
por isso o que será verdadeiramente um poeta?
será que ser poeta é simplesmente um estado de alma?
ou será que é uma forma de expressão?
uma forma de desanuviar a alma e o coração?
cada um saberá a sua resposta... mas ninguem tem a resposta universal...
por isso escrevo este poema... será que o sinto?

Poderia chorar a tua ausencia
sorrir os teus beijos
ou simplesmente agradecer o teu sorriso
mas em vez disso mantenho estatico
porquê?
não sei
ou se calhar não quero saber o porquê
prefiro que a incerteza me guie
me vá mostrando o futuro
como se cada dia fosse o ultimo
ou será simplesmente o primeiro?
não sei
naõ quero saber
gosto de viver assim
ao menos tenho um motivo para viver
o de ver o que se passará amanhã
ou pelo menos saber se ainda estarei vivo no dia seguinte
não sobrevivo
gosto de mais de viver para simplesmente sobreviver
mas não gosto de planear muito
por vezes os planos saem mal e a desilusão deita-nos abaixo
talvez assim consiga imitar alberto caeiro
e sentir tudo e viver tudo mais intensamente
e com esta intensidade me dispeço
perdido na noite friaque aquece a alma do poeta que há em mim